domingo, 5 de julho de 2009

CONDENANDO O GOLPE DE ESTADO EM HONDURAS

Pinochelettis se isolam e põem culpa no “negrinho”
OEA dá 72 horas a golpistas para que devolvam o poder a Zelaya
Presidente anuncia que volta ao país no sábado
A resolução dos 34 países da OEA exige o “imediato, seguro e incondicional retorno do presidente hondurenho, Miguel Zelaya, a suas funções”.

Já Ortez Colindre, “chanceler” do golpista Micheletti, culpou “um negrinho chamado Obama que tomou o poder nos EUA” pelo isolamento em que caiu o golpe em Honduras.
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Hondurenhos e OEA condenam golpe e exigem volta de Zelaya

Os 34 países da OEA aprovaram resolução que exige “imediato, seguro e incondicional retorno” do presidente Zelaya a suas funções; “condena energicamente o golpe de Estado” e dá prazo de três dias para que golpistas retornem ao convívio da Lei
Após mais de sete horas de reunião do Conselho Permanente da OEA – Organização dos Estados Americanos – realizada na quarta-feira, os 34 países membros aprovaram a resolução, que “condena energicamente o golpe de Estado” contra o “governo constitucional de Honduras, a “detenção arbitrária e expulsão de Manuel Zelaya como uma alteração inconstitucional da ordem democrática”.
O texto oficial exige o “imediato, seguro e incondicional retorno” do presidente Zelaya a suas funções e adverte que a OEA “não reconhecerá nenhum governo que surja dessa ruptura inconstitucional”, e deu prazo de 72 horas aos golpistas para que se restaure o fio constitucional, ou do contrário se suspenderá o país do organismo.
A decisão da OEA ocorreu sob o impacto das manifestações populares que acontecem em Honduras desde a segunda-feira em repúdio ao golpe perpetrado no domingo e exigindo a volta do presidente legítimo.

Greve geral convocada pelos dirigentes sindicais e manifestações encabeçadas por entidades populares se espalharam por 23 das principais cidades do país e em vários pontos da capital Tegucigalpa, mesmo sob representação dos golpistas.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, informou que os chanceleres e embaixadores reunidos no período extraordinário de sessões da Assembléia Geral chegaram a um consenso sobre “a condenação absoluta ao golpe militar”, tendo condenado também a “detenção arbitrária” da chanceler hondurenha, Patricia Rodas, e outros membros do governo de Zelaya e exigiram o respeito a sua “integridade física” e que “sejam postos em liberdade de imediato”.
“É a primeira vez que essa organização falou de maneira tão veemente, com tanta convicção, condenando um ato agressivo, onde a força prevaleceu sobre a razão e onde a paz de uma sociedade foi violada”,
disse o presidente Zelaya, presente à reunião da OEA.
Na terça-feira, a Assembléia Geral da ONU aprovara por aclamação a resolução apresentada por Honduras em que é veementemente condenado o golpe que interrompeu a ordem democrática do país, e o legítimo exercício do poder na nação centro-americana.

As Nações Unidas exigiram “a imediata e incondicional restauração do governo legítimo do presidente da República, Manuel Zelaya, autoridade legalmente estabelecida em Honduras”.
A Assembléia Geral, que representa os 192 países-membros da ONU, conclamou os integrantes a não reconhecer nenhum governo em Honduras que não seja o de Zelaya.
APOIOS
A resolução chegou ao plenário apoiada pelo Brasil, Argentina, Venezuela, México, Bolívia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, República Dominicana, San Vicente e Granadinas, Costa Rica, Peru, Chile, Uruguai, Paraguai, Antigua e Barbuda, Belize, e República Árabe Síria. Logo depois, se somaram como co-participes os Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Cabo Verde, Barbados, Guiana e Bósnia e Herze-govina.
O presidente constitucional, Manuel Zelaya, também presente à reunião ocorrida na sede da entidade, em Nova Iorque, afirmou que a Resolução da Assembléia Geral “eleva fortemente a dignidade dos povos de Honduras e do resto do mundo”.

“Com decisões e atitudes como esta a ONU se torna garantia da democracia no mundo”, acrescentou.
SUSANA SANTOS

Arquivo Histórico

Presidente de Honduras e Fidel Castro

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